Piffer, esse lindo cãozinho SRD, de pelagem amarela, tem em média 45 dias e foi abandonado na rua à própria sorte.
Só e abandonado, ficou doente. Felizmente foi encontrado e encontra-se agora, recuperado, a sua espera para lhe dar amor, carinho e dedicação (com certeza ele retribuirá em dobro).
Ele está vermifugado e vacinado. Em função de ter ficado enfermo, encontra-se separado dos demais cães para que não corra nenhum risco e está dentro da área dos escoteiros (que funciona somente aos sábados) então pedimos que antes de visita-lo nos comuniquem para que alguém abra a área que fica no Clube Escola Vila Alpina (antigo C.E.E. Arthur Fridereich), na Vila Alpina, São Paulo, nosso e-mail é niltonsp1@yahoo.com.br .
segunda-feira, 26 de julho de 2010
A Eliminação do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014
Versões provindas de boas fontes sobre o 'caso Morumbi', justificando que tudo tem conotação claramente politico-partidária.
Ricardo Teixeira, o presidente da CBF, aliado declarado da candidata oficial Dilma, estaria participando ativamente de um jogo sujo que envolveu o SPFC.
Segundo essas fontes, o objetivo do Teixeira é colocar em má situação politica, diante do povo, os governantes de São Paulo (Goldman e Kassab), simpatizantes declarados da candidatura Serra.
A idéia é jogar sobre eles a 'responsabilidade' de colocar a cidade de São Paulo como sede da abertura da Copa de 2014 (é o Estado mais rico e mais preparado para criar uma abertura brilhante; sem ele a CBF não tem condições de realizar a Copa de 2014...).
Algum estrategista do Planalto e da campanha da Dilma teria bolado essa jogada.
É claro que eles sabem os nossos governanentes não podem (nem que queiram) colocar dinheiro público em imóvel privado (nem no Morumbi nem em qualquer outro), mas sabem também que jogar esse problema para Goldman e Kassab, coloca esses governantes em dificuldades perante o povo.
Então, se a cidade de São Paulo é indispensável para a realização da Copa de 2014 e a única com condições organizacionais de realizar um belissimo show de abertura, mas não tem um estádio conforme exigido pela FIFA, fazer o que?
A saída bolada por Teixeira e o PT seria deixar o assunto rolar até o ultimo momento, até que Goldman e Kassab fiquem mal perante a opinião pública.
Nesse meio tempo eles - Ricardo Teixeria e os petistas - dariam entrevistas e fariam declarações 'lamentando' a ausência da principal cidade do pais na Copa...
...isso após incitarem os jornalistas aliados a divulgarem as recusas do prefeito e do governador de São Paulo...
...ai entra em cena o presidente Lula, em rede nacional de TV, mostrando-se muito 'bonzinho' e dizendo: "não vou permitir que a principal cidade da América Latina fique fora da Copa no Brasil..."
... e anuncia então 'uma solução' para o problema: o Governo Federal (ele) vai emprestar dinheiro para o Corinthians (clube de Lula e da preferência do povão - pense no que isso representa em voto para a Dilma) construir um estádio que atenda as exigências da FIFA.
Isso garantiria a participação de São Paulo no evento.
O empréstimo? Bem, claro que isso a longuíssimo prazo, com prestações mínimas, que nem serão cobradas se a Dilma se eleger.
Sacou?
Assim, com essa armação política, o time de apoio à Dilma conseguiria atingir três pontos importantes na corrida sucessória:
1) desgastariam a imagem de Serra (via depreciação da imagem de Kassab e Goldman);
2) colocariam o estado de São Paulo na jogada (sem o qual a Copa ficaria inviabilizada); e
3) agradarim o povão - não só corinthiano, mas todos os esportistas paulistas - obtendo assim mutos votos para Dilma presidente.
É...o plano parece bem bolado, mas como tem objetivo meramente político-eleitoral, é preciso ser esclarecido!
O Maracanã tem um prédio estacionamento?
O Maracanã tem um prédio para os Jornalistas?
...e terá????
Fonte:
http://www.spshow.com/
www.spshow.com/rodandoomundo
São poucas as pessoas que ao deitarem a noite, ousariam dirigirem-se assim a Deus:
"Senhor!!! Trata-me amanhã como tratei os outros hoje."
"Que Deus me ajude a ser o tipo de pessoa que meu cão pensa que sou"
Ricardo Teixeira, o presidente da CBF, aliado declarado da candidata oficial Dilma, estaria participando ativamente de um jogo sujo que envolveu o SPFC.
Segundo essas fontes, o objetivo do Teixeira é colocar em má situação politica, diante do povo, os governantes de São Paulo (Goldman e Kassab), simpatizantes declarados da candidatura Serra.
A idéia é jogar sobre eles a 'responsabilidade' de colocar a cidade de São Paulo como sede da abertura da Copa de 2014 (é o Estado mais rico e mais preparado para criar uma abertura brilhante; sem ele a CBF não tem condições de realizar a Copa de 2014...).
Algum estrategista do Planalto e da campanha da Dilma teria bolado essa jogada.
É claro que eles sabem os nossos governanentes não podem (nem que queiram) colocar dinheiro público em imóvel privado (nem no Morumbi nem em qualquer outro), mas sabem também que jogar esse problema para Goldman e Kassab, coloca esses governantes em dificuldades perante o povo.
Então, se a cidade de São Paulo é indispensável para a realização da Copa de 2014 e a única com condições organizacionais de realizar um belissimo show de abertura, mas não tem um estádio conforme exigido pela FIFA, fazer o que?
A saída bolada por Teixeira e o PT seria deixar o assunto rolar até o ultimo momento, até que Goldman e Kassab fiquem mal perante a opinião pública.
Nesse meio tempo eles - Ricardo Teixeria e os petistas - dariam entrevistas e fariam declarações 'lamentando' a ausência da principal cidade do pais na Copa...
...isso após incitarem os jornalistas aliados a divulgarem as recusas do prefeito e do governador de São Paulo...
...ai entra em cena o presidente Lula, em rede nacional de TV, mostrando-se muito 'bonzinho' e dizendo: "não vou permitir que a principal cidade da América Latina fique fora da Copa no Brasil..."
... e anuncia então 'uma solução' para o problema: o Governo Federal (ele) vai emprestar dinheiro para o Corinthians (clube de Lula e da preferência do povão - pense no que isso representa em voto para a Dilma) construir um estádio que atenda as exigências da FIFA.
Isso garantiria a participação de São Paulo no evento.
O empréstimo? Bem, claro que isso a longuíssimo prazo, com prestações mínimas, que nem serão cobradas se a Dilma se eleger.
Sacou?
Assim, com essa armação política, o time de apoio à Dilma conseguiria atingir três pontos importantes na corrida sucessória:
1) desgastariam a imagem de Serra (via depreciação da imagem de Kassab e Goldman);
2) colocariam o estado de São Paulo na jogada (sem o qual a Copa ficaria inviabilizada); e
3) agradarim o povão - não só corinthiano, mas todos os esportistas paulistas - obtendo assim mutos votos para Dilma presidente.
É...o plano parece bem bolado, mas como tem objetivo meramente político-eleitoral, é preciso ser esclarecido!
O Maracanã tem um prédio estacionamento?
O Maracanã tem um prédio para os Jornalistas?
...e terá????
Fonte:
http://www.spshow.com/
www.spshow.com/rodandoomundo
São poucas as pessoas que ao deitarem a noite, ousariam dirigirem-se assim a Deus:
"Senhor!!! Trata-me amanhã como tratei os outros hoje."
"Que Deus me ajude a ser o tipo de pessoa que meu cão pensa que sou"
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Killers Futebol Clube
Como lí sobre o Flamengo:
O Flamengo é um time muito bom, o que mata é o Goleiro... Podemos transferi-lo pro Killers Futebol Clube, não? O que acham?
terça-feira, 13 de julho de 2010
Acabe com o apedrejamento!
Semana passada, clamores globais massivos impediram a morte por apedrejamento da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani.
Mas Sakineh ainda pode ser enforcada, e hoje, outras quinze pessoas aguardam execuções por apedrejamento, onde as pessoas são enterradas até o pescoço e grandes pedras são atiradas nas suas cabeças.
A campanha internacional dos corajosos filhos de Sakineh mostra que a condenação global funciona. Vamos tornar o apelo desesperado dessa família em um movimento pelo fim do apedrejamento para sempre - assine a petição e envie para todas a pessoas que você conhece.
Abaixo assinado - clique aqui.
Eu já fiz a minha parte, agora, depende também de você!
terça-feira, 6 de julho de 2010
Autorizada a Matança Indiscriminada dos Animais, entre nessa luta contra a covardia!
O parlamentar, sabendo que os protetores dos animais se manifestariam, fez a seguinte trama: marcou a apresentação para votação da lei num dia de julho, mas fez um chamado urgente e marcou a reunião às pressas, mais cedo. Os únicos avisados foram os demais deputados. Ou seja: não havia defesa.
Os animais não tiveram oportunidade de ter pessoas que os representassem. Quem poderia responder por eles? E aconteceu o que mais temíamos: houve 32 votos contra os animais e apenas 02 a favor. Os animais agora poderão ter olhos e dentes arrancados e cortados em vários pedaços para fazer o tal Banho de Sangue. Os animais que não servem mais para o ritual são mortos a sangue frio, conscientes e sem qualquer anestesia.
Assine a favor da defesa da vida animal.
Ajudem a Lei de proteção animal:
''É rápido, só preencher o formulário no link abaixo''
http://www.leideprotecaoanimal.com.br/
Não podemos deixar uma barbaridade dessas assim.
Precisamos de 500 MIL assinaturas.
Repassem para o máximo de pessoas!
Eu já fiz a minha parte; faça a sua.
domingo, 4 de julho de 2010
Elcio Coronato hasteia bandeira do Brasil no obelisco de Buenos Aires
Apesar de não gostar muito dos excessos que há na televisão brasileira, a invasão da privacidade de pessoas públicas de uma forma grosseira, preconceituosa e onde a educação com o ser humano não consta no dicionário, tenho que admitir... ADOREI esse feito do Elcio Coronato em Buenos Aires, Meca dos "hermanos"... Vejam abaixo e comentem...
Um Judeu no Kwait - Até quando a intolerância religiosa/política irá matar e separar?
Fonte: Jornal Alef
Fui educado no Kuwait, tive sempre tudo do bom e melhor. Meu pai, proprietário de uma grande empresa de construção civil, sempre nos deu de tudo - aulas de piano, natação, caligrafia e viagens por todo o mundo. Mesmo sendo muçulmanas, nossa família era e ainda é laica e meu pai nos deixava distantes de qualquer grupo religioso. Mesmo assim fomos educados acreditando que os israelenses e os judeus são as criaturas do mais baixo nível de existência na face da Terra e que foram colocados no mundo com o único propósito de tentar matar a nós, os árabes. Nas aulas de matemática nossa professora apresentava o problema: "Se um foguete mata X número de judeus, quantos foguetes seriam necessários para matar X judeus?" Meu pai sempre foi partidário de uma ideologia anti-israelense. Foi educado no sistema escolar sob a visão de Nasser, que seria uma escola muçulmana, com ponto de vista secular, mas dedicada à união dos árabes em caráter mundial. Israel, em seu parecer, era somente uma colônia americana dentro do Oriente Médio. Meu pai sempre apoiou a OLP, desde 1960, quando o então fundador do movimento, Yasser Arafar, vivia no Kuwait, e levantava fundos de empresários vivendo no Golfo Pérsico. Como engenheiro, meu pai participava da união dos trabalhadores que doavam parte dos seus salários direto da fonte para a OLP. Meu pai nos dizia que a resistência seria a única maneira de lidar com Israel.
No verão de 1990, quando eu tinha apenas 12 anos, a vida da nossa família mudou para sempre. Estávamos em férias escolares quando Saddam Hussein invadiu o Kuwait. O negócio do meu pai, assim como de muitas outras pessoas, foi destruído. Todas as nossas economias se transformaram em pó. Não podíamos mais retornar ao Kuwait. Fomos morar no Canadá. Meu pai conseguiu retornar ao Kuwait para pegar alguns documentos, que depois serviriam para conseguir uma compensação financeira do fundo das Nações Unidas. De toda minha família, eu fui o único que segui morando no Canadá. Meu pai nunca se adaptou ao novo estilo de vida ocidental, e com bons contatos de negócios, foi morar na Jordânia. Toda minha família retornou ao Oriente Médio. Um dos meus irmãos é um grande empresário na Jordânia, e dois outros irmãos estudam no Egito, um estuda Economia e um outro, Odontologia. Minha irmã vive em Dubai, onde trabalha no mercado financeiro. Em uma noite de 2003, eu estava estudando na biblioteca da universidade em uma cidade que se chama London, em Ontário, no Canadá, quando vi um senhor de idade. Com trajes tipicamente chassídicos, parecia ser um judeu religioso. Tomado por repentina curiosidade, aproximei-me e perguntei: "Você é judeu?" Com um simpático sorriso ele respondeu, para minha surpresa: "Não, mas gosto de me vestir assim". Eu não sabia se estava brincando comigo ou não. Todos os religiosos que havia conhecido até este momento da minha vida eram figuras muito sérias, sisudas. Pensei: "De repente os judeus teriam senso de humor?"
Seu nome: Dr. Itzhak Block, um professor aposentado de Filosofia. Trocamos umas palavras e ele perguntou sobre minha família. Disse que a história da minha família é muito complexa e sempre fico com dor de cabeça quando tenho que contar. Simplesmente disse que sou um árabe do Kuwait e que minha avó, mãe da minha mãe era judia. Meu avós se conheceram em Jerusalém, meu avô, um árabe da Cisjordânia, servia no exército de resistência contra os sionistas. Ele tinha 18 anos, e minha avó 16. O pai da minha avó tinha uma escola em Jerusalém, e foi lá, de onde ela ficava observando meu belo avô, que acabaram se conhecendo, casando-se e indo morar em Nablus, na Cisjordânia. Após meu avô ter sido liberado do exército jordaniano, a família se mudou para o Kuwait, onde a promessa de um futuro melhor era promissora. Essa foi a história do casamento dos meus avós. Saber do lado judaico da minha avó sempre me deixou curioso. Sempre que ia para a Jordânia de férias, eu assistia ao canal de TV israelense, quando meus pais não estavam por perto. A parte que mais gostava era o hino nacional israelense, e ficava às vezes esperando até tarde para escutá-lo, no fim da programação. Mas, voltando à biblioteca, aquele senhor, judeu religioso, Dr. Block, olhava para mim enquanto eu narrava. E, finalmente ele pontuou: "Pela lei muçulmana, você é considerado muçulmano, já que a religião vai de pai para filho, mas pela lei judaica, a religião passa pela mãe, e sendo assim, você é judeu". Minha mente começou a trazer memórias da minha infância no Kuwait. Lembrava-me de que minha avó tinha um nome curioso em seus documentos - Mizrahi - nunca havia conhecido nenhum árabe com esse nome. Ela também tinha um pequeno livro de rezas, em hebraico, com o qual ela rezava aos prantos. Minha avó nunca mencionou nada sobre seu passado judaico - mas agora as peças começavam a se encaixar. Eu agradeci ao Dr. Block pela conversa e corri para conversar com meu companheiro de quarto na universidade sobre o que havia acontecido. "Então você é um Muçudeu" - disse meu amigo. Agora quem estava mais confuso era eu. Liguei para minha mãe e ela disse: "Não escute estes tipos de pessoas, você é muçulmano como todos nós".
Liguei para minha avó, e comecei a falar do assunto. Comecei aos poucos, afinal há 50 anos minha avó já negava sua origem. Mas perguntei: "Vó, a senhora é judia?" Minha avó não respondeu esta pergunta de forma direta, mas começou a chorar e falar das guerras entre árabes e israelenses. Me disse que seu irmão Zaki fora morto em Jerusalém antes de 1948. Para mim já era o suficiente e parei a conversa por aqui. Nos próximos meses evitei falar sobre judaísmo, para não deixar minha mãe triste. Estava terminando a faculdade e tinha toda minha carreira pela frente. Fiquei contente em me considerar de uma família mista.
Um ano depois, estava patinando em meu bairro, quando cai e me feri bem forte. Na pista de patinação não havia buracos e comecei a pensar que havia sido empurrado por "alguém lá de cima". Nunca tive nenhuma aspiração a nada espiritual e nunca pensei em temas que me levassem a tópicos religosos. Sempre me preocupei com meu aspecto físico, meu corpo, centenas de amigos e ter uma carreira de sucesso. Então, por que teria acontecido isso comigo? O que tive que fazer definitivamente foi tirar alguns dias de férias para minha recuperação. Dr.Block havia mencionado o nome de uma sinagoga, e no sábado de manhã fui para lá ver o que acontecia. Fiquei preocupado que todos lá seriam de descendência européia e eu do Oriente Médio, mas fui mesmo assim. Chamei um táxi que me deixou na sinagoga. A primeira pessoa que vi pela frente parecia que era da Índia. Me deu as mãos e disse: “Shabat Shalom” e me deu uma quipá. De repente vi uma pessoa negra - não imaginara que pudessem existir negros judeus. E, de repente, avistei também o Dr.Block. Me entregaram um livro de rezas, e estavam todos cantando "VeShamru"- olhei na tradução em inglês. "E os filhos de Israel devem cumprir o Shabat, para fazer o pacto para as gerações. Entre Eu e meus filhos de Israel, porque este é o sinal de que Deus criou o céu e a terra, e no sétimo dia descansou".
Algo me impregnou de força e inexplicavelmente sentia que já conhecia esta música. Fiquei de pé, internalizando os sons, sentindo o aroma da sinagoga e assimilando essa bela visão do local. Parecia tudo perfeito. Porém, isso tudo era totalmente o contrário de tudo o que havia escutado sobre os judeus e sobre o judaísmo desde pequeno. E foi então que comecei a chorar. Após o Kidush, a reza com o vinho que marca o final da reza de manhã, eu aceitei o convite do Dr.Block para almoçar em sua casa. Disse: "Não posso acreditar que estou aqui, cantando e rezando em hebraico". Antes de sairmos para sua casa, conversei com um casal de judeus de origem egípcia que me contou um pouco de suas histórias. Judeus de diversas origens - para mim foi mais uma peça do tabuleiro que se completava.
Dr. Block retrucou: "Não é difícil de acreditar na sua história. Todo judeu nasce com uma pequena Torá e uma Menorah dentro de si. Me deu um leve abraço e disse: o que falta é simplesmente vir um outro judeu e ajudá-lo a acender sua chama". Meu interesse cresceu e comecei a estudar Torá e a cumprir o Shabat. Ano passado eu passei um mês em Israel, passeando e estudando no programa da Aish Hatorá, em Jerusalém. Foi excelente "chegar em casa". Ainda mantenho contato com minha família e meus velhos amigos. São pessoas maravilhosas e eu os amo. Com certeza é difícil o relacionamento em alguns níveis, já que no mundo árabe existe um entendimento distorcido a respeito de Israel. Estou trabalhando em um projeto para educar os árabes sobre judeus e judaísmo para tentar divulgá-lo em escolas muçulmanas e para a mídia. Eu acredito que meu passado e minha origem me tornem uma pessoa apta para realizar este projeto. Um outro caminho que vejo é estabelecer relações econômicas mais fortes entre Israel e países árabes. Isso poderia gerar respeito, confiança e bons resultados.
Outro assunto que estou trabalhando é a questão do Holocausto, já que muitos árabes negam sua existência. No verão passado estive em Auschwitz e estou produzindo o primeiro documentário em árabe sobre o Holocausto. Eu quero explicar aos árabes, em sua própria linguagem, sobre o que aconteceu. Às vezes, pensamos que o conflito árabe-israelense é irreversível. No entanto, eu acredito que ainda existe a possibilidade de mudar. Atualmente, os árabes têm mais acesso à educação formal, universal, o que os transforma em pessoas mais abertas e curiosas. Além de encontrar com israelenses e judeus em suas viagens pelo mundo, e ter informações via Internet, o que pode ser usado para alcançar a paz. Um outro assunto que chama a atenção é a assimilação em Israel. Meus primos judeus, por exemplo, vivem como muçulmanos no Oriente Médio. Infelizmente, a história de minha avó não é tão rara como se pensa. Muitas jovens judias são procuradas por jovens árabes. E, como minha avó, acabam se casando e indo morar em suas vilas. Os filhos e netos terminam por não saber da verdade, principalmente pela tensão política e pressão familiar. Como resultado, o povo judeu perde parte de seu próprio povo. Minha mãe tem cinco irmãs, e tenho algumas dezenas de primos, todos judeus - e todos vivendo como muçulmanos no Oriente Médio. Há pouco tempo me encontrei com um israelense de sétima geração, cuja prima casou-se com um palestino e foi morar na Arábia Saudita. Seus descendentes são judeus, vivendo como muçulmanos na Arábia Saudita. Todos os meus parentes sabem que pratico o judaísmo e a maioria deles aceita. Eu posso falar com eles sobre judaísmo e eles se mostram interessados, politicamente corretos. Nos amamos e nos respeitamos. Meu pai não aceita muito, devido ao seu passado, seu estilo de vida muçulmano laico, e a memória das guerras contra Israel, que são os pilares de sua vida. Quando comecei a me interessar pelo judaísmo, não contei ao meu pai imediatamente. Um dia, estávamos tendo uma discussão política, e eu mencionei que apoio o Estado de Israel. Minha fala causou uma grande polêmica, e aprendi a tratar deste assunto com meu pai somente de forma indireta. Sempre quando eu "passo dos limites" na discussão ele fica muito nervoso e me chama de Sionista. Uma outra exceção, por incrível que pareça, é minha avó. Eu sempre pergunto sobre sua família e seu passado e ela se recusa a falar. Espero algum dia encontrar alguma abertura para conversar a respeito. Fui crescendo tendo acreditado que os judeus são as fontes do mal no mundo, descendentes dos macacos e porcos. Mas, em contrapartida, me acostumei a ver em segredo minha avó com seu pequeno livro de rezas em hebraico, rezando com grande devoção. Ela me deu uma alma judia e, mesmo que involuntariamente, deixou acesa a chama do meu judaísmo.
Fui educado no Kuwait, tive sempre tudo do bom e melhor. Meu pai, proprietário de uma grande empresa de construção civil, sempre nos deu de tudo - aulas de piano, natação, caligrafia e viagens por todo o mundo. Mesmo sendo muçulmanas, nossa família era e ainda é laica e meu pai nos deixava distantes de qualquer grupo religioso. Mesmo assim fomos educados acreditando que os israelenses e os judeus são as criaturas do mais baixo nível de existência na face da Terra e que foram colocados no mundo com o único propósito de tentar matar a nós, os árabes. Nas aulas de matemática nossa professora apresentava o problema: "Se um foguete mata X número de judeus, quantos foguetes seriam necessários para matar X judeus?" Meu pai sempre foi partidário de uma ideologia anti-israelense. Foi educado no sistema escolar sob a visão de Nasser, que seria uma escola muçulmana, com ponto de vista secular, mas dedicada à união dos árabes em caráter mundial. Israel, em seu parecer, era somente uma colônia americana dentro do Oriente Médio. Meu pai sempre apoiou a OLP, desde 1960, quando o então fundador do movimento, Yasser Arafar, vivia no Kuwait, e levantava fundos de empresários vivendo no Golfo Pérsico. Como engenheiro, meu pai participava da união dos trabalhadores que doavam parte dos seus salários direto da fonte para a OLP. Meu pai nos dizia que a resistência seria a única maneira de lidar com Israel.
No verão de 1990, quando eu tinha apenas 12 anos, a vida da nossa família mudou para sempre. Estávamos em férias escolares quando Saddam Hussein invadiu o Kuwait. O negócio do meu pai, assim como de muitas outras pessoas, foi destruído. Todas as nossas economias se transformaram em pó. Não podíamos mais retornar ao Kuwait. Fomos morar no Canadá. Meu pai conseguiu retornar ao Kuwait para pegar alguns documentos, que depois serviriam para conseguir uma compensação financeira do fundo das Nações Unidas. De toda minha família, eu fui o único que segui morando no Canadá. Meu pai nunca se adaptou ao novo estilo de vida ocidental, e com bons contatos de negócios, foi morar na Jordânia. Toda minha família retornou ao Oriente Médio. Um dos meus irmãos é um grande empresário na Jordânia, e dois outros irmãos estudam no Egito, um estuda Economia e um outro, Odontologia. Minha irmã vive em Dubai, onde trabalha no mercado financeiro. Em uma noite de 2003, eu estava estudando na biblioteca da universidade em uma cidade que se chama London, em Ontário, no Canadá, quando vi um senhor de idade. Com trajes tipicamente chassídicos, parecia ser um judeu religioso. Tomado por repentina curiosidade, aproximei-me e perguntei: "Você é judeu?" Com um simpático sorriso ele respondeu, para minha surpresa: "Não, mas gosto de me vestir assim". Eu não sabia se estava brincando comigo ou não. Todos os religiosos que havia conhecido até este momento da minha vida eram figuras muito sérias, sisudas. Pensei: "De repente os judeus teriam senso de humor?"
Seu nome: Dr. Itzhak Block, um professor aposentado de Filosofia. Trocamos umas palavras e ele perguntou sobre minha família. Disse que a história da minha família é muito complexa e sempre fico com dor de cabeça quando tenho que contar. Simplesmente disse que sou um árabe do Kuwait e que minha avó, mãe da minha mãe era judia. Meu avós se conheceram em Jerusalém, meu avô, um árabe da Cisjordânia, servia no exército de resistência contra os sionistas. Ele tinha 18 anos, e minha avó 16. O pai da minha avó tinha uma escola em Jerusalém, e foi lá, de onde ela ficava observando meu belo avô, que acabaram se conhecendo, casando-se e indo morar em Nablus, na Cisjordânia. Após meu avô ter sido liberado do exército jordaniano, a família se mudou para o Kuwait, onde a promessa de um futuro melhor era promissora. Essa foi a história do casamento dos meus avós. Saber do lado judaico da minha avó sempre me deixou curioso. Sempre que ia para a Jordânia de férias, eu assistia ao canal de TV israelense, quando meus pais não estavam por perto. A parte que mais gostava era o hino nacional israelense, e ficava às vezes esperando até tarde para escutá-lo, no fim da programação. Mas, voltando à biblioteca, aquele senhor, judeu religioso, Dr. Block, olhava para mim enquanto eu narrava. E, finalmente ele pontuou: "Pela lei muçulmana, você é considerado muçulmano, já que a religião vai de pai para filho, mas pela lei judaica, a religião passa pela mãe, e sendo assim, você é judeu". Minha mente começou a trazer memórias da minha infância no Kuwait. Lembrava-me de que minha avó tinha um nome curioso em seus documentos - Mizrahi - nunca havia conhecido nenhum árabe com esse nome. Ela também tinha um pequeno livro de rezas, em hebraico, com o qual ela rezava aos prantos. Minha avó nunca mencionou nada sobre seu passado judaico - mas agora as peças começavam a se encaixar. Eu agradeci ao Dr. Block pela conversa e corri para conversar com meu companheiro de quarto na universidade sobre o que havia acontecido. "Então você é um Muçudeu" - disse meu amigo. Agora quem estava mais confuso era eu. Liguei para minha mãe e ela disse: "Não escute estes tipos de pessoas, você é muçulmano como todos nós".
Liguei para minha avó, e comecei a falar do assunto. Comecei aos poucos, afinal há 50 anos minha avó já negava sua origem. Mas perguntei: "Vó, a senhora é judia?" Minha avó não respondeu esta pergunta de forma direta, mas começou a chorar e falar das guerras entre árabes e israelenses. Me disse que seu irmão Zaki fora morto em Jerusalém antes de 1948. Para mim já era o suficiente e parei a conversa por aqui. Nos próximos meses evitei falar sobre judaísmo, para não deixar minha mãe triste. Estava terminando a faculdade e tinha toda minha carreira pela frente. Fiquei contente em me considerar de uma família mista.
Um ano depois, estava patinando em meu bairro, quando cai e me feri bem forte. Na pista de patinação não havia buracos e comecei a pensar que havia sido empurrado por "alguém lá de cima". Nunca tive nenhuma aspiração a nada espiritual e nunca pensei em temas que me levassem a tópicos religosos. Sempre me preocupei com meu aspecto físico, meu corpo, centenas de amigos e ter uma carreira de sucesso. Então, por que teria acontecido isso comigo? O que tive que fazer definitivamente foi tirar alguns dias de férias para minha recuperação. Dr.Block havia mencionado o nome de uma sinagoga, e no sábado de manhã fui para lá ver o que acontecia. Fiquei preocupado que todos lá seriam de descendência européia e eu do Oriente Médio, mas fui mesmo assim. Chamei um táxi que me deixou na sinagoga. A primeira pessoa que vi pela frente parecia que era da Índia. Me deu as mãos e disse: “Shabat Shalom” e me deu uma quipá. De repente vi uma pessoa negra - não imaginara que pudessem existir negros judeus. E, de repente, avistei também o Dr.Block. Me entregaram um livro de rezas, e estavam todos cantando "VeShamru"- olhei na tradução em inglês. "E os filhos de Israel devem cumprir o Shabat, para fazer o pacto para as gerações. Entre Eu e meus filhos de Israel, porque este é o sinal de que Deus criou o céu e a terra, e no sétimo dia descansou".
Algo me impregnou de força e inexplicavelmente sentia que já conhecia esta música. Fiquei de pé, internalizando os sons, sentindo o aroma da sinagoga e assimilando essa bela visão do local. Parecia tudo perfeito. Porém, isso tudo era totalmente o contrário de tudo o que havia escutado sobre os judeus e sobre o judaísmo desde pequeno. E foi então que comecei a chorar. Após o Kidush, a reza com o vinho que marca o final da reza de manhã, eu aceitei o convite do Dr.Block para almoçar em sua casa. Disse: "Não posso acreditar que estou aqui, cantando e rezando em hebraico". Antes de sairmos para sua casa, conversei com um casal de judeus de origem egípcia que me contou um pouco de suas histórias. Judeus de diversas origens - para mim foi mais uma peça do tabuleiro que se completava.
Dr. Block retrucou: "Não é difícil de acreditar na sua história. Todo judeu nasce com uma pequena Torá e uma Menorah dentro de si. Me deu um leve abraço e disse: o que falta é simplesmente vir um outro judeu e ajudá-lo a acender sua chama". Meu interesse cresceu e comecei a estudar Torá e a cumprir o Shabat. Ano passado eu passei um mês em Israel, passeando e estudando no programa da Aish Hatorá, em Jerusalém. Foi excelente "chegar em casa". Ainda mantenho contato com minha família e meus velhos amigos. São pessoas maravilhosas e eu os amo. Com certeza é difícil o relacionamento em alguns níveis, já que no mundo árabe existe um entendimento distorcido a respeito de Israel. Estou trabalhando em um projeto para educar os árabes sobre judeus e judaísmo para tentar divulgá-lo em escolas muçulmanas e para a mídia. Eu acredito que meu passado e minha origem me tornem uma pessoa apta para realizar este projeto. Um outro caminho que vejo é estabelecer relações econômicas mais fortes entre Israel e países árabes. Isso poderia gerar respeito, confiança e bons resultados.
Outro assunto que estou trabalhando é a questão do Holocausto, já que muitos árabes negam sua existência. No verão passado estive em Auschwitz e estou produzindo o primeiro documentário em árabe sobre o Holocausto. Eu quero explicar aos árabes, em sua própria linguagem, sobre o que aconteceu. Às vezes, pensamos que o conflito árabe-israelense é irreversível. No entanto, eu acredito que ainda existe a possibilidade de mudar. Atualmente, os árabes têm mais acesso à educação formal, universal, o que os transforma em pessoas mais abertas e curiosas. Além de encontrar com israelenses e judeus em suas viagens pelo mundo, e ter informações via Internet, o que pode ser usado para alcançar a paz. Um outro assunto que chama a atenção é a assimilação em Israel. Meus primos judeus, por exemplo, vivem como muçulmanos no Oriente Médio. Infelizmente, a história de minha avó não é tão rara como se pensa. Muitas jovens judias são procuradas por jovens árabes. E, como minha avó, acabam se casando e indo morar em suas vilas. Os filhos e netos terminam por não saber da verdade, principalmente pela tensão política e pressão familiar. Como resultado, o povo judeu perde parte de seu próprio povo. Minha mãe tem cinco irmãs, e tenho algumas dezenas de primos, todos judeus - e todos vivendo como muçulmanos no Oriente Médio. Há pouco tempo me encontrei com um israelense de sétima geração, cuja prima casou-se com um palestino e foi morar na Arábia Saudita. Seus descendentes são judeus, vivendo como muçulmanos na Arábia Saudita. Todos os meus parentes sabem que pratico o judaísmo e a maioria deles aceita. Eu posso falar com eles sobre judaísmo e eles se mostram interessados, politicamente corretos. Nos amamos e nos respeitamos. Meu pai não aceita muito, devido ao seu passado, seu estilo de vida muçulmano laico, e a memória das guerras contra Israel, que são os pilares de sua vida. Quando comecei a me interessar pelo judaísmo, não contei ao meu pai imediatamente. Um dia, estávamos tendo uma discussão política, e eu mencionei que apoio o Estado de Israel. Minha fala causou uma grande polêmica, e aprendi a tratar deste assunto com meu pai somente de forma indireta. Sempre quando eu "passo dos limites" na discussão ele fica muito nervoso e me chama de Sionista. Uma outra exceção, por incrível que pareça, é minha avó. Eu sempre pergunto sobre sua família e seu passado e ela se recusa a falar. Espero algum dia encontrar alguma abertura para conversar a respeito. Fui crescendo tendo acreditado que os judeus são as fontes do mal no mundo, descendentes dos macacos e porcos. Mas, em contrapartida, me acostumei a ver em segredo minha avó com seu pequeno livro de rezas em hebraico, rezando com grande devoção. Ela me deu uma alma judia e, mesmo que involuntariamente, deixou acesa a chama do meu judaísmo.
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